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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um conto meu. A rainha que pensava ser mera plébeia.





Era verão, seu coração estava confuso, delirante ao mesmo tempo louco para ser amado.
Nenhuma pessoa poderia entender, poucas sabiam, suas dúvidas, seus choros, outras julgavam, mas, as pessoas só entenderiam se sentissem igual.  A frequência, a mesma vontade de enlouquecer e de chorar.
Quem poderia imaginar, conheceria pessoas novas, legais e inspiradoras com jeitos de viver realmente alegres e corajosos.
Ela era apenas uma garota confusa e que tremia, um pouco da asma que palpitava mas também porque sentia-se testada sempre, mas isso era apenas engano seu, pessoas alegavam pelo menos.
Estava ficando tarde, estava começando a perder o sorriso e até aquele jeito de viver sempre alegre e sempre otimista.  Quando percebeu que não estava mais perdendo e sim já tinha perdido foi então que encarou-se ao espelho.  Suas perguntas bobas não eram sua verdadeira teimosia no momento.
Amor, era isso que estava a fazer, procurar e a desacreditar, porém, todos perguntavam por quê?
"Você já cresceu!" Uma voz ecoava no lugar.
"Não, eu sei, entendo que cresci em diversos aspectos mas ainda sou uma moça simplória e que tudo temo e nada tenho certeza" Mesmo sentindo-se um pouco assustada ela não temia realmente a voz, apenas temia seus medos.
"Sabe moça, já te ouvi chorando demais pelos cantos, porquê você não termina com essa dor de uma vez?"
"Como?"
"Sente logo naquela poltrona majestosa preparada apenas para você e sinta seu coração aquecer"
Duvidosa abriu os olhos, estava em um castelo, não aquele tipo de castelo de antigamente, estava em sua casa, havia uma poltrona vermelha, ao lado tinha bombons muitos bem embrulhados por sinal, um bilhete também estava ali.
Enxugou os olhos,  olhou mais de perto e tocava na poltrona vermelha, sua cor favorita.  Pegara o bilhete e lera.
"Fui trabalhar minha rainha, aproveite e assista suas séries nessa poltrona linda que comprei para você, leia seus livros e aproveite seu cantinho, e claro seus chocolates. Amo-te!"
Um sorriso brotava em seus lábios, todo temor, todo o delírio estava passando. Será?
Sim era amor de verdade, não era a poltrona e nem os chocolates, mas o gesto em si de seu rei, seu amado, que mostrara realmente que era amada, era importante e acima de tudo rainha daquele castelo.


Fim!

"TMS"


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